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Estratégia
Latino-Americana
de Inteligência Artificial

Estratégia Latino-Americana de Inteligência ArtificialEstratégia Latino-Americana de Inteligência ArtificialEstratégia Latino-Americana de Inteligência Artificial

MANIFESTO

Um novo mundo digital é possível

Você já sentiu que a internet, que prometia conexão e conhecimento, tornou-se um campo minado de ansiedade, desinformação e manipulação? Que suas interações online são cada vez mais superficiais, sua atenção fragmentada e sua privacidade uma miragem? Que seu filho não consegue terminar de ler um livro, ver um filme ou escutar uma música? Que as plataformas agora alimentam (e lucram com) divisão, ódio e desinformação? Você não está sozinho(a).


Estamos vivendo a era da merdificação – ou "enshittification", termo cunhado em 2022 pelo autor, jornalista e ativista canadense Cory Doctorow para descrever a deterioração sistemática dos serviços digitais como resultado de empresas gigantescas que extraem o máximo de lucros de seus clientes. Um processo onde as plataformas digitais começaram nos atraindo com promessas de comunidade e utilidade, depois trouxeram os negócios e, por fim, passaram a extrair o máximo valor de usuários e criadores, muitas vezes em detrimento do bem-estar, autonomia e saúde mental. Nossos hábitos, autoimagem e até a coesão de nossas sociedades estão sendo moldados por algoritmos opacos, cujo único objetivo é o lucro e o controle.


Nada disso é por acaso. A merdificação é desenhada e nos desenha de volta, moldando um mundo onde nossa cognição é explorada para ganho privado e poder. As plataformas digitais e seus algoritmos moldam nossas percepções, escolhas e até emoções – sem transparência, sem controle e, sobretudo, sem nosso conhecimento! Extraem enormes lucros de nossa atenção, trabalho, dados e vidas. O tecido digital que envolve nossa sociedade não é neutro – é projetado com propósitos que não estão alinhados com o bem-estar coletivo. Sorrateiramente, nos direciona a um presente cada vez mais totalitário. 


Como Doctorow explica, este processo é resultado direto do "poder sem consequências", de décadas de enfraquecimento das leis antitruste e da permissão para fusões e aquisições que criaram gigantes tecnológicos praticamente imunes à regulação efetiva.


Quando se compreende a ideia, a merdificação passa a explicar o que ocorre não só no mundo online, mas em toda a economia, nos serviços que foram adquiridos por grandes capitais privados ou nos produtos vendidos por indústrias altamente concentradas. Não é por acaso que o neologismo foi escolhido palavra do ano na língua inglesa por dois anos consecutivos (2023 e 2024), salientando seu poder de captar o que muitos de nós sentimos que está ocorrendo no mundo e a tantos aspectos das nossas vidas na era digital – agora potencializada pela IA.


Você se reconhece?


  • Sua atenção se esvai, incapaz de se concentrar em um livro, um filme, uma conversa profunda?
  • Você rola o feed infinitamente, perdendo a noção do tempo, sentindo um vazio mesmo cercado por "conexões"?
  • Seu filho ou filha adolescente parece mais ansioso, isolado, agressivo, trocando o brincar e a descoberta do mundo real por uma tela que nunca satisfaz?
  • Você é um trabalhador de plataforma, sentindo a pressão constante por avaliações, a precarização disfarçada de "liberdade" e empreendedorismo?
  • Já viu amigos e familiares sendo consumidos pelo ódio online, afundando em teorias conspiratórias, ou perdendo em poucos segundos economias de uma vida inteira em jogos de azar viciantes, desenhados para explorar cada fraqueza?
  • Sente que sua privacidade é uma utopia, seus dados moeda de troca, e sua mente um campo de batalha onde gigantes da tecnologia disputam cada segundo da sua atenção, cada centavo do seu bolso?


Se alguma dessas perguntas ressoa profundamente, saiba: você não é o único, e isso não é culpa sua.


  • A fragmentação da nossa atenção não é um efeito colateral – é o produto principal.
  • A polarização social não é acidental – é lucrativa. 


E enquanto isso acontece, uma geração inteira de crianças e adolescentes está crescendo em um ambiente digital que explora deliberadamente suas vulnerabilidades psicológicas, resultando no que Jonathan Haidt chama de "Geração Ansiosa" – jovens com taxas alarmantes de depressão, ansiedade e ideação suicida, onde a "infância baseada no celular" rouba o desenvolvimento saudável, a interação real, a capacidade de lidar com o mundo.


Não se trata apenas de aplicativos ruins ou plataformas degradadas e degradantes. É uma crise civilizatória.


  • A Crise do Nosso Ser-em-um-Mundo-Tecnológico: Como apontam os teóricos do design ontológico, “projetamos o mundo, e o mundo nos projeta de volta”. Os sistemas digitais e as IAs que nos cercam moldam as possibilidades de existência, os vínculos sociais, a economia e a política. A polarização, a epidemia de saúde mental, o trabalho precarizado mediado por algoritmos, a crise da verdade compartilhada — nada disso é acidente. São consequências de escolhas de design voltadas à extração de dados e controle, não à justiça ou ao bem-estar humano.
  • Projetando um Futuro Degradado: A atual trajetória do desenvolvimento tecnológico e da IA, guiada por poderes sem controle e falta de visão ética, não está apenas criando uma  crise do Nosso Ser-em-um-Mundo-Tecnológico. Está moldando uma sociedade degradada, uma economia precarizada, uma política sequestrada pelo poder econômico e uma realidade onde imaginar futuros positivos torna-se cada vez mais difícil. Estamos minando as bases da democracia como a conhecemos.


WSIS: Uma Arena Relevante para a Mudança


A Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (WSIS) 2025 representa uma das últimas oportunidades para que a sociedade civil organizada influencie diretamente o futuro da governança digital global. Este fórum internacional, que reúne governos, empresas e sociedade civil, é o espaço mais relevante onde podemos lutar por uma internet e tecnologias digitais que deixem de servir exclusivamente o lucro e o controle. Um novo mundo digital é possível!

As linhas de ação do WSIS são o mapa de nossa luta: desde o acesso à informação e a segurança online, até a ética na IA e a cooperação internacional. Vimos avanços, sim, mas os problemas se aprofundam: a divisão digital persiste, a desinformação é uma arma, a privacidade é um luxo e a IA avança sem salvaguardas robustas.


Por que a ELA-IA precisa estar no WSIS 2025


A Estratégia Latino-Americana de Inteligência Artificial (ELA-IA), nascida em 2023 do compromisso de acadêmicos e ativistas com o uso ético da tecnologia e a defesa intransigente dos direitos humanos (Art. 4 e 6 do nosso Estatuto), recusa-se a aceitar este futuro distópico. Acreditamos que a América Latina, com sua rica diversidade e resiliência, tem uma voz poderosa e propostas urgentes a levar para o WSIS 2025. 


Em um mundo onde gigantes tecnológicas desenham nossa sociedade com pouca ou nenhuma prestação de contas, queremos representar uma voz latino-americana, muitas vezes marginalizada nas discussões globais sobre tecnologia, e profundamente afetada por suas consequências.


O processo de merdificação é particularmente devastador para economias emergentes como as da América Latina, onde a concentração de poder digital nas mãos de poucas empresas estrangeiras amplifica desigualdades históricas e limita o desenvolvimento de alternativas locais. Quando plataformas globais deterioram seus serviços em busca de lucro máximo, são os usuários e trabalhadores das regiões periféricas que frequentemente sofrem primeiro e de forma mais intensa os impactos negativos.


Em 2024, lançamos as bases com propostas como o "Selo de Qualidade Ética da IA", um "Programa de Literacia Digital e Ética Abrangente", um “Kit de Transparência Algorítmica" semelhante às bulas de medicamentos, e a Rede "Tecnologia Ética no Sul Global". As propostas são apenas o começo. Para o WSIS 2025, precisamos desenvolver e expandir estas ideias em direção a um conjunto de práticas concretas para implementar em sociedades da informação globais e interromper o ciclo de merdificação que está corroendo nossos espaços digitais, sociais e econômicos. Porém, não podemos começar a corrigir aquilo que não entendemos como sociedade. Este é o ponto de partida da nossa luta por justiça cognitiva: só seremos capazes de recuperar nossa autonomia e bem-estar quando compreendermos os mecanismos que nos aprisionam.


Um Novo Paradigma para a Sociedade da Informação


O conceito de justiça cognitiva reconhece que ambientes digitais devem proteger os usuários de danos em um contexto onde espaços e plataformas digitais são cada vez mais moldados por poucos atores poderosos que exploram a cognição dos usuários para ganho privado e poder, moldando um mundo cada vez mais totalitário.


Em termos práticos, isso significa:


  1. Ambientes digitais que respeitam nossa autonomia cognitiva e não exploram nossas vulnerabilidades psicológicas
  2. Transparência algorítmica que nos permite entender e contestar decisões automatizadas.
  3. Diversidade epistêmica que valoriza múltiplas formas de conhecimento, não apenas aquelas que podem ser quantificadas e monetizadas.
  4. Proteção contra manipulação cognitiva através de técnicas de tecnologia e design persuasivo e viciante.
  5. Interoperabilidade e portabilidade de dados que quebrem os "muros digitais" que as plataformas constroem para prender usuários e parceiros.


Um chamado à ação coletiva


Precisamos de sua ajuda para levar a voz da sociedade civil latino-americana ao WSIS 2025 e propor alternativas concretas a esse ciclo destrutivo.


Sua contribuição não é apenas financeira – é um ato político de resistência contra a colonização de nossas mentes e de afirmação de nossa humanidade compartilhada. É um investimento em um novo mundo digital onde a tecnologia serve às pessoas, não o contrário.


A narrativa feita sob medida por aqueles que têm todo o interesse em manter a opacidade combina medo, urgência e autoridade para orientar a agenda pública e bloquear o debate pela raiz, além de enveredar em delírios místicos que se vestem de ética mas, no fundo, só esvaziam o diálogo. A complexidade fabricada serve para manter o controle e desencorajar a supervisão democrática.


Queremos construir COM VOCÊ propostas ousadas e eficazes, baseadas em um "Marco Referencial para a Justiça Cognitiva nas Sociedades da Informação Globais". Um futuro onde os ambientes digitais fomentem o desenvolvimento humano, onde a tecnologia amplifique nossa inteligência coletiva, não a fragmente; onde a democracia floresça, não seja asfixiada.


Contribua com nossa campanha de arrecadação. Cada real é um passo rumo a Genebra, onde defenderemos um novo mundo digital no qual nossa cognição não seja “merdificada” para o lucro de gigantes tecnológicas.


Junte-se a nós não apenas como doador, mas como participante ativo na construção de propostas para o WSIS 2025. Queremos ouvir suas experiências, ideias e visões para um mundo onde, em vez de digitalizar o humano, humanizamos as tecnologias. Vamos transformar a indignação em ação concreta e interromper o ciclo de merdificação de nossas vidas em sociedade.


É hora de construir uma tecnologia que sirva à humanidade com justiça, transparência e liberdade real.


É hora de desenhar um novo mundo digital!


Imagem: Yutong Liu & Kingston School of Art  / https://betterimagesofai.org / https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

contribua com a nossa campanha para a participação da ELA-IA NO WSIS+20 | 2025

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